quarta-feira, 29 de maio de 2013

De volta a vida...

Bom meus amigos leitores... Estamos de volta!
Vou falar um pouco de mim, coisa que nunca fiz aqui.
Meu nome é Ralpho, tenho 38 anos e sou hoje sou um adicto em recuperação.
Já tive muitos problemas com drogas no decorrer da minha vida.
Já perdi empregos, família, namoradas, amigos e quase tudo a minha volta.
Venho de uma família desestruturada, a qual gerou vários sentimentos e comportamentos que me fizeram procurar "ajuda" nas drogas.
Hoje tenho mais facilidade para falar da minha vida.
Tenho tido ainda  alguns problemas com as drogas devido a recaídas.
Nesses anos todos vim batendo cabeça até que encontrei uma religião e novos motivos para me manter limpo.
E hoje estou em recuperação novamente!
Nada hoje me faz usar a não ser minha própria vontade.

"SÓ POR HOJE EU NÃO QUERO USAR NENHUMA SUBSTÂNCIA QUE VENHA A ALTERAR MEU HUMOR".

Já fui viciado em crack, cocaína, lsd, álcool, mdma, sexo e barbitúricos.
Se voce acredita em milagres... Eu sou um como vários!
Graças a Deus, muito da minha vontade e uma intervenção clínica parei com o crack (não chego nem perto, morro de medo), mas ainda tenho recaídas com minha droga de escolha que é a cocaína.
Não vejo gravidade no uso e nem tenho a maconha como droga.
E para que eu possa re-começar minha caminhada, nada melhor do que começar pelo começo, pela verdade!
Tudo que sou hoje devo a mim mesmo.
Não tive pai nem mãe. Aliás tive progenitores que não souberam me criar pela falta de maturidade e pelos interesses momentâneos deles serem outros.
Amor nunca tive, estou aprendendo a me amar e amar as pessoas ao meu redor e com isso aprendendo como posso ser melhor a cada dia.
Hoje vivo num processo de perdão, perdoar meus pais, meus avós e toda uma falta de estrutura familiar. Que é na maioria da vezes regra na vida de um adicto.
Desde 2009 não trabalhei mais minha recuração, na verdade estava em um processo de redução de danos.
Processo o qual que não me rendeu bons frutos. A parada é ficar limpo!
Então, um resuminho de quem é o culpado desse Blog... kkkkkkk
E vamos ao que interessa...
Muita coisa aqui é chata, vou modificar e reformular tudo... Agora os textos do fim do Blog são sensacionais, principalemente o texto sobre Co-Dependencia escrito por mim que no caso foi até publicado em um site de uma comunidade terapeutica.... Nem eu sei como escrevi aquilo... kkkkkkkk
Até mais e vamos a luta...
Força na peruca e vamos matar um leão por dia, nem que seja na unha!

SÓ POR HOJE FUNCIONA!!!!

Para maiores e melhores informações acesse:
Narcóticos Anônimos
http://www.na.org.br/




terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Como saber se vc é um adicto?
O texto aqui em baixo fala exatamente sobre isso...

Sou um adicto?
Traducción de literatura aprobada
por la Confraternidad de NA.
Copyright © 1991 by
Narcotics Anonymous World Services, Inc.
Reservados todos los derechos


Sou um adicto?
Só você pode responder a esta pergunta.
Isto pode não ser fácil. Durante todo o tempo em que usamos drogas, quantas vezes dissemos “eu consigo controlar”. Mesmo que isto fosse verdade no princípio, não é mais agora. As drogas nos controlavam. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas drogas.
Talvez você admita que tenha problema com drogas, mas não se considere um adicto. Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você comece a agir positivamente. Se você pode se identificar com nossos problemas talvez possa se identificar com a nossa solução. As perguntas que se seguem foram escritas por adictos em recuperação em Narcóticos Anônimos. Se você tem alguma dúvida quanto a ser ou não um adicto, dedique alguns momentos à leitura das perguntas abaixo e responda-as o mais honestamente possível.
Alguma vez você já usou drogas sozinho? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você substituiu uma droga por outra, pensando que uma em particular era o problema? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você manipulou ou mentiu ao médico para obter drogas que necessitam de receita? [ Sim ] [ Não ]
Você já roubou drogas ou roubou para conseguir drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você usa regularmente uma droga quando acorda ou quando vai dormir? [ Sim ] [ Não ]
Você já usou uma droga para rebater os efeitos de outra? [ Sim ] [ Não ]
Você evita pessoas ou lugares que não aprovam o seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já usou uma droga sem saber o que era ou quais eram seus efeitos? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez o seu desempenho no trabalho ou na escola foi prejudicado pelo seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você foi preso em conseqüência do seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez mentiu sobre o quê ou quanto você usava? [ Sim ] [ Não ]
Você coloca a compra de drogas à frente das suas responsabilidades? [ Sim ] [ Não ]
Você já tentou parar ou controlar seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já esteve na prisão, hospital ou centro de reabilitação devido a seu uso? [ Sim ] [ Não ]
O uso de drogas interfere em seu sono ou alimentação? [ Sim ] [ Não ]
A idéia de ficar sem drogas o assusta? [ Sim ] [ Não ]
Você acha impossível viver sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
Em algum momento você questionou sua sanidade? [ Sim ] [ Não ]
O consumo de drogas está tornando sua vida infeliz em casa? [ Sim ] [ Não ]
Você já pensou que não conseguiria se adequar ou se divertir sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já se sentiu na defensiva, culpado ou envergonhado por seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você pensa muito em drogas? [ Sim ] [ Não ]
Você já teve medos irracionais ou indefiníveis? [ Sim ] [ Não ]
O uso de drogas afetou seus relacionamentos sexuais? [ Sim ] [ Não ]
Você já tomou drogas que não eram de sua preferência? [ Sim ] [ Não ]
Alguma vez você usou drogas devido a dor emocional ou “stress”? [ Sim ] [ Não ]
Você já teve uma “overdose”? [ Sim ] [ Não ]
Você continua usando, apesar das conseqüências negativas? [ Sim ] [ Não ]
Você pensa que talvez possa ter problema com drogas? [ Sim ] [ Não ]
Sou um adicto? Esta é uma pergunta que só você pode responder. Descobrimos que todos nós respondemos “sim” a um número diferente de perguntas. O número de respostas positivas não é tão importante quanto aquilo que sentíamos e a maneira como a adicção tinha afetado nossas vidas.
Algumas destas perguntas nem ao menos mencionam drogas. A adicção é uma doença traiçoeira que afeta todas as áreas de nossas vidas, mesmo aquelas que a princípio não parecem ter muito a ver com drogas. As diferentes drogas que usávamos não eram tão importantes quanto os motivos pelos quais usávamos ou o que elas faziam conosco.
Quando lemos estas perguntas pela primeira vez, assustou-nos pensar que poderíamos ser adictos. Alguns de nós tentaram livrar-se desses pensamentos dizendo:
“Ora, essas perguntas não fazem sentido.”
Ou
“Eu sou diferente. Eu sei que tomo drogas, mas não sou um adicto. O que tenho são problemas emocionais/familiares/profissionais.”
Ou
“Eu estou apenas passando por uma fase difícil.”
Ou
“Eu serei capaz de parar quando encontrar a pessoa certa/o trabalho certo, etc.!”
Se você é um adicto, precisa primeiro admitir que tem problema com drogas antes de fazer qualquer progresso no sentido da recuperação. Estas perguntas, quando respondidas honestamente, podem lhe mostrar como o uso de drogas tem tornado sua vida incontrolável. A adicção é uma doença que, sem a recuperação, termina em prisão, instituições e morte. Muitos de nós vieram para Narcóticos Anônimos porque as drogas haviam deixado de fazer o efeito que precisavam. A adicção leva nosso orgulho, auto-estima, família, entes queridos e até mesmo nosso desejo de viver. Se você não chegou a esse ponto com sua adicção, não precisa chegar. Descobrimos que nosso inferno particular estava dentro de nós. Se você quer ajuda, pode encontrá-la na Irmandade de Narcóticos Anônimos.
“Estávamos buscando uma resposta quando estendemos a mão e encontramos Narcóticos Anônimos. Viemos à nossa primeira reunião de NA derrotados e não sabíamos o que esperar. Depois de assistirmos a uma ou várias reuniões, começamos a sentir que as pessoas se interessavam e queriam nos ajudar. Embora pensássemos que nunca seríamos capazes, as pessoas na Irmandade nos deram esperança, insistindo que poderíamos nos recuperar. Entre outros adictos em recuperação, compreendemos que não estávamos mais sozinhos. Recuperação é o que acontece em nossas reuniões. Nossas vidas estão em jogo. Descobrimos que, ao colocarmos a recuperação em primeiro lugar, o programa funciona. Enfrentamos três realidades perturbadoras:
Somos impotentes perante a adicção e nossas vidas estão incontroláveis;
Embora não sejamos responsáveis por nossa doença, somos responsáveis pela nossa recuperação;
Não podemos mais culpar pessoas, lugares e coisas por nossa adicção. Devemos encarar nossos problemas e nossos sentimentos.
A principal arma da recuperação é o adicto em recuperação.”
Narcóticos Anônimos (Texto Básico, página 16).




Aqui segue uma outra literatura bem importante até para conhecer um adicto e saber como agimos.

Quem, o que, como e porque
Reimpresso do Livreto Branco, Narcotics Anonymous
Copyright © 1993 by
Narcotics Anonymous World Services, Inc.
Todos os direitos reservados.
Tradução de literatura aprovada pela
Irmandade de NA.
Quem, o que, como e porque
Reimpresso do Livreto Branco, Narcotics Anonymous


Quem é um adicto?
A maioria de nós não precisa pensar duas vezes sobre esta pergunta. NÓS SABEMOS! Toda a nossa vida e nossos pensamentos estavam centrados em drogas, de uma forma ou de outra — obtendo, usando e encontrando maneiras e meios de conseguir mais. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente um homem ou uma mulher cuja vida é controlada pelas drogas. Estamos nas garras de uma doença progressiva, que termina sempre da mesma maneira: prisões, instituições e morte.
O que é o Programa de Narcóticos Anônimos?
NA é uma Irmandade ou sociedade sem fins lucrativos, de homens e mulheres para quem as drogas se tornaram um problema maior. Somos adictos em recuperação, que nos reunimos regularmente para ajudarmos uns aos outros a nos mantermos limpos. Este é um programa de total abstinência de todas as drogas. Há somente um requisito para ser membro, o desejo de parar de usar. Sugerimos que você mantenha a mente aberta e dê a si mesmo uma oportunidade. Nosso programa é um conjunto de princípios escritos de uma maneira tão simples que podemos segui-los nas nossas vidas diárias. O mais importante é que eles funcionam.
NA não tem subterfúgios. Não somos filiados a nenhuma outra organização, não temos matrícula nem taxas, não há compromissos escritos, nem promessas a fazer a ninguém. Não estamos ligados a nenhum grupo político, religioso ou policial e, em nenhum momento, estamos sob vigilância. Qualquer pessoa pode juntar-se a nós, independente da idade, raça, identidade sexual, crença, religião ou falta de religião.
Não estamos interessados no que ou quanto você usou, quais eram os seus contatos, no que fez no passado, no quanto você tem ou deixa de ter; só nos interessa o que você quer fazer a respeito do seu problema e como podemos ajudar. O recém-chegado é a pessoa mais importante em qualquer reunião, porque só dando podemos manter o que temos. Aprendemos com nossa experiência coletiva que aqueles que continuam vindo regularmente às nossas reuniões mantêm-se limpos.
Por que estamos aqui?
Antes de chegarmos à Irmandade de NA, não podíamos controlar nossas próprias vidas. Não podíamos viver e apreciar a vida como as outras pessoas. Tínhamos que ter algo diferente e pensamos que havíamos encontrado isso nas drogas. Colocamos o uso de drogas acima do bem-estar de nossas famílias, esposas, maridos e filhos. Tínhamos que ter drogas a qualquer custo. Prejudicamos muitas pessoas, mas, principalmente, prejudicamos a nós mesmos. Através da nossa inabilidade de aceitar responsabilidades pessoais, estávamos realmente criando nossos próprios problemas. Parecíamos incapazes de encarar a vida como ela é.
A maioria de nós percebeu que, em nossa adicção, estávamos lentamente cometendo suicídio; mas a adicção é um inimigo tão traiçoeiro da vida, que tínhamos perdido o poder de fazer qualquer coisa. Muitos de nós acabaram na prisão, ou procuraram ajuda através da medicina, religião ou psiquiatria. Nenhum destes métodos foi suficiente para nós. Nossa doença sempre ressurgia ou continuava progredindo até que, em desespero, buscamos ajuda entre nós em Narcóticos Anônimos.
Depois de chegarmos a NA, descobrimos que éramos doentes. Sofríamos de uma doença da qual não se conhece a cura. Mas que pode ser detida em algum ponto, e a recuperação então é possível.
Como funciona?
Se você quer o que nós temos a oferecer e está disposto a fazer um esforço para obtê-lo, então está preparado para dar certos passos. Estes são os princípios que possibilitaram nossa recuperação.
1. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.
2. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.
3. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós O compreendíamos.
4. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.
5. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.
6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
7. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.
8. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-
-nos a fazer reparações a todas elas.
9. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.
10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
11. Procuramos, através de prece e meditação, melhorar o nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.
12. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
Isto parece ser uma grande tarefa e não podemos fazer tudo de uma só vez. Não nos tornamos adictos num dia, lembre-se — vá com calma.
Mais do que qualquer outra coisa, uma atitude de indiferença ou intolerância com os princípios espirituais irá derrotar nossa recuperação. Três destes princípios são indispensáveis: honestidade, mente aberta e boa vontade. Com estes princípios estamos bem no caminho da recuperação.
Sentimos que abordamos a doença da adicção de maneira completamente realista, já que o valor terapêutico da ajuda de um adicto a outro não tem paralelo. Sentimos que o nosso método é prático, porque um adicto pode melhor compreender e ajudar outro adicto. Acreditamos que, quanto mais rapidamente encaramos nossos problemas na sociedade, no dia-a-dia, mais rapidamente nos tornamos membros aceitáveis, responsáveis e produtivos dessa sociedade.
A única maneira de não voltar à adicção ativa é não tomar aquela primeira droga. Se você é como nós, então sabe que uma é demais e mil não bastam. Colocamos grande ênfase nisto, pois sabemos que, quando usamos qualquer droga, ou substituímos uma por outra, liberamos nossa adicção novamente.
Pensar que o álcool é diferente das outras drogas fez muitos adictos recaírem. Antes de chegar a NA, muitos de nós encaravam o álcool separadamente. Não podemos nos enganar. O álcool é uma droga. Sofremos de uma doença chamada adicção e temos que nos abster de todas as drogas para podermos nos recuperar.
As Doze Tradições de Narcóticos Anônimos
Só conservamos o que temos com vigilância. Assim como a liberdade do indivíduo vem dos Doze Passos, a liberdade coletiva tem origem nas nossas Tradições.
Tudo estará bem enquanto os laços que nos unem forem mais fortes do que aqueles que nos afastariam.
O nosso bem-estar comum deve vir em primeiro lugar; a recuperação individual depende da unidade de NA.
Para o nosso propósito comum existe apenas uma única autoridade — um Deus amoroso que pode se expressar na nossa consciência coletiva. Nossos líderes são apenas servidores de confiança; eles não governam.
O único requisito para ser membro é o desejo de parar de usar.
Cada grupo deve ser autônomo, exceto em assuntos que afetem outros grupos ou NA como um todo.
Cada grupo tem apenas um único propósito primordial — levar a mensagem ao adicto que ainda sofre.
Um grupo de NA nunca deverá endossar, financiar ou emprestar o nome de NA a nenhuma sociedade relacionada ou empreendimento alheio, para evitar que problemas de dinheiro, propriedade ou prestígio nos desviem do nosso propósito primordial.
Todo grupo de NA deverá ser totalmente auto-sustentado, recusando contribuições de fora.
Narcóticos Anônimos deverá manter-se sempre não profissional, mas nossos centros de serviço podem contratar trabalhadores especializados.
NA nunca deverá organizar-se como tal; mas podemos criar quadros de serviço ou comitês diretamente responsáveis perante aqueles a quem servem.
Narcóticos Anônimos não tem opinião sobre questões alheias; portanto o nome de NA nunca deverá aparecer em controvérsias públicas.
Nossa política de relações públicas baseia-se na atração, não em promoção; na imprensa, rádio e filmes precisamos sempre manter o anonimato pessoal.
O anonimato é o alicerce espiritual de todas as nossas Tradições, lembrando-nos sempre de colocar princípios acima de personalidades.
Os Doze Passos e as Doze Tradições
reimpressos e adaptados com autorização de
AA World Services, Inc.

    Prestem bastante atenção nesses vídeos.
    Aqui podemos ver que adictos são pessoas normais.
    Mas com um problema de saúde incurável, progressivo e fatal!


Esse vídeo contem cenas fortes.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Essa matéria abaixo explica como o organismo reage diante do tratamento que uso para dependentes químicos.

COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA DOS EFEITOS DOS AROMAS E ÓLEOS ESSENCIAIS NO ORGANISMO HUMANO
O Instituto Karolinska de Estocolmo concedeu no ano de 2004 o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia aos americanos Richard Axel e Linda B. Buck por suas pesquisas para desvendar os mistérios do sentido do olfato. Os cientistas americanos receberam o prêmio em reconhecimento de seu trabalho pioneiro na descoberta dos "receptores olfativos e organização do sistema olfativo", segundo a argumentação do Instituto sueco.

"Até Axel e Buck realizarem seus estudos, o olfato era um mistério", disse Sten Grillner, um dos especialistas do Karolinska, após anunciar o prêmio. Até a década de 90, o olfato era um dos sentidos mais desconhecidos e as pesquisas se concentravam principalmente na análise da audição e da visão, dois sistemas sensoriais aparentemente mais vitais. Os dois cientistas revolucionaram este campo de pesquisa ao serem os primeiros a usar a metodologia molecular para determinar o funcionamento deste sentido.

Axel e Buck descobriram a existência de cerca de 1.000 genes que atuam como receptores olfativos, capazes de reconhecer e memorizar as cerca de 10.000 substâncias aromáticas conhecidas. Assim, cada célula olfativa é especializada em identificar um número determinado de odores, enviando o sinal ao cérebro através de impulsos elétricos. Todos os receptores são proteínas relacionadas entre si mas que se diferem em pequenos detalhes. Cada receptor consiste em uma cadeia de aminoácidos ligada à membrana celular e a atravessa sete vezes.

O prêmio, de 10 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de euros), foi entregue no dia 10 de dezembro de 2004, aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador desse prêmio.
A comissão Nobel no instituto de Karolinska concedeu conjuntamente a Richard Axel e Linda Buck o Premio Nobel em Fisiologia ou Medicina por suas descobertas dos receptores de odor e organização do sistema olfativo. Em uma série de estudos pioneiros os premiados esclareceram em detalhe molecular como o nosso sentido de odor trabalha.
Richard Axel
Nascido: 1946
Howard Hughes Medical Institute, Columbia University,
New York, USA.
Linda Buck
Nascida: 1947
Howard Hughes Medical Institute, Fred Hutchinson Cancer Research Center,
University of Washington, Seattle, USA.
O sistema olfativo é importante para nossa qualidade de vida. Um único odor pode desencadear diferentes memórias da infância ou de momentos emocionais - positivos ou negativos - mais tarde na vida. Quando achamos um alimento gostoso é principalmente devido à ativação do sistema olfativo.

Perder o olfato é uma deficiência significativa; não mais se pode perceber diferentes qualidades de comida e nem detectar sinais de alerta como por exemplo a fumaça de um incêndio.
O sistema Olfativo
O epitélio olfativo contém milhões de neurônios olfativos, que enviam mensagens diretamente para o bulbo olfativo no cérebro.
As células receptoras de odores são os únicos neurônios expostos diretamente ao meio ambiente externo ao corpo.

Uma grande família de receptores de odores
Richard Axel e Linda Buck publicaram seu trabalho fundamental em 1991, no qual descreveram a codificação genética de uma grande família de receptores de odor.
Os receptores de odor são localizados nas células receptoras do olfato dentro da cavidade nasal. Cada célula receptora olfativa expressa apenas um tipo de receptor de odor, e cada receptor pode detectar um número limitado de substancias odoríferas.
O receptor olfativo
Cada receptor consiste de uma cadeia de proteínas que atravessa a membrana da célula sete vezes.
Quando uma substância se anexa a um receptor olfativo, o formato da proteína receptora se altera, gerando a uma ativação de proteína G.
Um sinal elétrico é disparado no neurônio receptor olfativo e enviado para o cérebro através de processos do nervo.
Pequenas variações
Todos os receptores de odor são proteínas relacionadas e diferem apenas em alguns resíduos aminoácidos (indicados em verde, azul e vermelho).
As diferenças sutis nas cadeias de proteína explicam porque os receptores são ativados por diferentes moléculas odoríferas.
Uma grande família de genes
Axel e Buck pesquisaram a codificação genética das proteínas existentes exclusivamente no epitélio olfativo.
Empregando técnicas de biologia molecular eles descobriram um grande conjunto de códigos genéticos para os receptores olfativos. Esta grande família de genes é composta de muitas centenas de diferentes genes codificando moléculas de receptores.
Hoje sabemos que estes genes representam cerca de três por cento do número total de genes nos mamíferos.


A organização dos sinais de entrada dos receptores olfativos no córtex olfativo
Sinais derivados de dois receptores olfativos diferentes M5 e M50, são enviados a diferentes grupos de neuronios corticais mas que se sobrepõe parcialmente.
Estes grupos tem localizações similares nos cérebros de diferentes ratos.
Ativação de receptores no bulbo
Células receptoras com o mesmo tipo de receptor convergem seus processos ao mesmo glomérulo.
Códigos receptores combinatórios
A família de receptores de odor é usada de forma combinatória para detectar oléculas de odor e codificar suas identidades únicas. Diferentes moléculas odoríferas são detectadas por diferentes combinações de receptores e portanto em diferentes códigos de recepção. Estes códigos são traduzidos no cérebro em diferentes percepções de odor.
O imenso número de combinações potenciais dos receptores é a base de nossa habilidade de distinguir e formar memórias de mais de 10000 diferentes origens de odor.

Diferenças entre espécies
A área do epitélio olfativo (em vermelho) dos cães é cerca de quarenta vezes maior do que em humanos. Os ratos - espécie estudada por Axel e Buck - tem cerca de uma centena de diferentes tipos de receptores olfativos.
Humanos tem um número menor que ratos; alguns dos genes foram perdidos durante a evolução da nossa espécie. Existem muitos milhões de células receptoras olfativas em nosso epitélio olfativo.

Credits and References for the 2004 Nobel Poster for Physiology or Medicine
Scientific Advisers, Professors at Karolinska Institutet:
Bertil Fredholm, Pharmacology
Sten Grillner, Neurophysiology
Göran K. Hansson, Medicine, Chair of the Nobel Committee
Hans Jörnvall - Physiological Chemistry, Secretary of the Nobel Assembly
Urban Lendahl, Genetics
Illustrations and layout:
Annika Röhl, Bengt Gullbing
Photo:
EyeQnet: P O Eriksson/Naturfotograferna, Dag Ekelund/Windh, Ina Agency Press AB
Medical Writer:
Anders Nystrand
Printed by:
Alfa Print AB, Stockholm, Sweden 2004
Copyright © 2004:
The Nobel Committee for Physiology or Medicine
at Karolinska Institutet, SE-171 77 Stockholm, Sweden
Web Adapted Version:
Nobelprize.org
Every effort has been made by the publisher to credit organizations and individuals with regard to the supply of photographs and illustrations. The publishers apologize for any omissions which will be corrected in future editions

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Algumas substâncias que causam e podem causar malefícios a saúde



Ecstasy

Também chamado de MDMA, “club drug” ou “bala”, o ecstasy é uma droga que vem se popularizando nos últimos vinte anos, principalmente entre adolescentes de classe média e alta, e está intimamente ligada a freqüentadores de casas noturnas e festas noturnas.

O ecstasy é consumido sob a forma de comprimidos. Trata-se de um tipo de anfetamina sintética com propriedades estimulantes e alucinógenas e está relacionada com efeitos danosos no cérebro humano, principalmente em neurônios serotoninérgicos. Esse efeito neurotóxico pode causar distúrbios no sono, alterações do humor, ansiedade, aumento da impulsividade, problemas de atenção e memória. Importante dizer que tais efeitos danosos podem ser permanentes, podendo ocorrer mesmo após a utilização da droga uma única vez.

A hipertermia ou aumento da temperatura corporal é um dos grandes perigos do consumo da droga, pois devido a seus efeitos estimulantes, o ecstasy provoca um excesso de trabalho do organismo com produção de calor, superaquecendo o corpo do usuário. Em alguns locais onde a droga é consumida há uma facilitação desse superaquecimento do corpo, pois as casas noturnas normalmente são ambientes fechados, com pouca ventilação e superlotadas, motivo pelo qual, atualmente, muitas festas são realizadas em sítios, chácaras e praias. Uma das mais graves conseqüências desse superaquecimento corporal pode ser a rabdomiólise, quando há degradação de proteínas musculares causadas pela exposição do organismo a altas temperaturas. Essas proteínas degradadas caem na corrente sanguínea e podem prejudicar o funcionamento dos rins na filtração do sangue e causar insuficiência renal e conseqüente morte do usuário da droga.

LSD

O LSD ou dietilamida do ácido lisérgico, também chamado vulgarmente de ácido, doce ou papel é um composto cristalino com propriedades alcalóides e produzido clandestinamente à partir de um alcalóide denominado ergotina que é produzido por um fungo chamado ergot, durante a fermentação de grãos de centeio. Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel, como selos ou autocolantes e a dose média é de 50 a 75 microgramas, sendo consumido por via oral através da absorção sub-lingual e seus efeitos podem durar de quatro à doze horas.

Os principais efeitos do LSD estão relacionados com as características alucinógenas da droga, que age sobre os sistemas neurotransmissores serotononérgicos e dopaminérgicos. Alucinações visuais e auditivas, exaltação do humor, idéias de grandeza, pensamento acelerado, percepções distorcidas com o realce das cores, contorno dos objetos e alterações na recepção dos sons, com relatos de sinergismos de sensações do tipo: “cores apresentam sons” ou “sons coloridos” são sintomas freqüentes.

O consumo da droga pode desencadear quadros psicóticos agudos, quadros depressivos e piorar doenças psiquiátricas pré-existentes. Naqueles usuários predispostos geneticamente a transtornos psicóticos, a droga pode induzir ou precipitar quadros psicóticos crônicos, como a esquizofrenia.

Cocaína

A cocaína é a principal droga estimulante existente. Trata-se de um alcalóide obtido das folhas da planta “Erythroxylon coca” e é administrada principalmente sob a forma inalada (pó), fumada (crack), podendo também ser injetada quando diluída em água.

A utilização de cocaína provoca no usuário uma série de alterações físicas e comportamentais que inviabilizam a vida da pessoa no uso continuado da substância. Aumento dos batimentos cardíacos, da pressão arterial, da freqüência respiratória, associado à dilatação das pupilas, tremores e sudorese são algumas das alterações físicas facilmente observadas. Mudanças comportamentais como agitação motora, inquietação, insônia, euforia, grandiosidade, irritabilidade, impulsividade, perda do apetite, delírios persecutórios (alteração do pensamento em que a pessoa acredita que está sendo perseguida pela polícia, traficantes ou outras pessoas, por exemplo), alucinações visuais e táteis (a pessoa vê e sente a presença de objetos que não existem, como bichos e insetos andando por seu corpo, por exemplo) normalmente acompanham o quadro de intoxicação por cocaína. Pessoas com história na família de transtornos psicóticos, como esquizofrenia, por exemplo, apresentam maiores chances de desenvolverem a doença caso façam uso de cocaína.

Nicotina

O fumo de cigarros é a maior causa previnível de doença e morte em todo o mundo, causando milhares de mortes todos os anos no Brasil. Este fato não é de se surpreender ao ter o conhecimento de que existe aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas na fumaça inalada do cigarro, sendo que muitas dessas substâncias estão relacionadas com o surgimento de diversas doenças como câncer.

De acordo com diversos estudos, adolescentes que fumam cigarro apresentam duas vezes mais chances de abusarem de álcool, quando comparados com jovens não fumantes. Apresentam também dez vezes mais chances de usarem maconha, nove vezes mais chances de usarem drogas estimulantes e quatorze vezes mais chances de usarem cocaína, alucinógenas e opióides. Por essa razão, muitos autores consideram a nicotina como uma “porta de entrada” para outras drogas.

A nicotina, substância responsável pela dependência química do organismo provoca o aumento do colesterol, aumentando o risco de doenças cardíacas e circulatórias. Algumas das conseqüências do fumo de cigarros são:

Câncer de boca
Câncer de garganta
Câncer de esôfago
Câncer de pâncreas
Câncer de bexiga
Câncer de rins
Câncer de pulmão
Arritmias cardíacas
Infarto agudo do miocárdio
Acidente vascular encefálico (derrame cerebral)
Doença arterial coronariana
Angina
Enfisema pulmonar
Bronquite aguda e crônica
Tosse crônica

Álcool

Diversos estudos apontam que o uso abusivo de álcool está relacionado com um número assustador de acidentes automobilísticos entre adolescentes, sendo que cerca de 75% das mortes de jovens em acidentes de carro estão relacionadas com o uso de álcool.

Além disso, as conseqüências diretas do uso abusivo de álcool são inúmeras, afetando diversos órgãos e regiões do organismo e no uso continuado ao longo do tempo pode acometer o sistema nervoso central, gastrointestinal, cardiovascular, muscular, imunológico, funções nutricionais e até provocando alguns tipos de câncer.

As alterações gastrintestinais mais comuns são gastrite, esofagite, úlcera gástrica, pancreatite, hepatite e cirrose hepática. O coração é outro órgão afetado pelo álcool podendo ocorrer hipertensão arterial, arritmias cardíacas e cardiomiopatias, lesão do músculo cardíaco que pode levar a falência do órgão.

Lesões nos nervos periféricos causados pelo álcool provocam a chamada neuropatia periférica. Os músculos podem tornar-se fracos, doloridos e com pouca mobilidade, principalmente nas pernas. Lesões no cérebro podem ocorrer sob a forma de diversas síndromes como a síndrome de Wernecke-Korsakoff, a demência alcoólica e a encefalopatia hepática. Distúrbios da coagulação, alteração da contagem de células sanguíneas e o surgimento de infecções devido à supressão do sistema imunológico também ocorrem com freqüência. Anemia por deficiência de tiamina, deficiência de vitamina B1, niacina e vitamina C podem causar doenças como beribéri, pelagra e escorbuto.

Para finalizar essa lista quase interminável de problemas de saúde relacionadas com o álcool temos diversos tipos de câncer como: de boca, esôfago, estômago, pâncreas, cólon, reto, próstata e glândula tireóide.

Esteróides Anabolizantes

Os esteróides anabolizantes são um grupo de substâncias em que se inclui a testosterona, o hormônio natural masculino, além de dezenas de hormônios sintéticos derivados da testosterona e desenvolvidos nos últimos 50 anos. Essas substâncias são capazes de produzir um efeito anabólico, isto é, são capazes de produzir um aumento na síntese de proteínas para desenvolvimento de músculos e assim provocam um aumento da massa muscular, força, explosão e do volume da musculatura corporal. Nas últimas décadas elas vêem se popularizaram entre os jovens e apesar dos prejuízos médicos e comportamentais envolvidos, convivemos hoje com um grande número de adolescentes que inadvertidamente buscam nos esteróides anabolizantes uma maneira rápida de ganhar músculos.

Determinadas regiões do cérebro chamadas de sistema límbico, responsáveis pela memória, aprendizagem e pelas emoções são afetadas. Esses jovens podem apresentar alterações do humor com aumento de irritabilidade, agressividade, nervosismo, explosões descontroladas de raiva, além de prejuízos significativos na memória, atenção e aprendizagem.

Nas meninas os esteróides anabolizantes causam alterações do período menstrual, perda de cabelos, engrossamento de voz, crescimento de pêlos no rosto e no corpo.

GHB

O GHB ou gama-hidroxibutirato é uma substância sedativa com apresentações líquidas (líquido transparente como água) ou em pó.

Conhecido também como ecstasy líquido, sua utilização é mais freqüente em casas noturnas e principalmente em festas rave. Seus efeitos são semelhantes à intoxicação por álcool e caracterizado por euforia, desinibição comportamental e relaxamento muscular. Doses mais elevadas ou quando misturado ao álcool podem provocar overdose, com depressão respiratória, tonturas, diminuição do nível de consciência, náuseas, vômitos, ansiedade, tremores, alucinações, diminuição dos batimentos cardíacos, incoordenação motora, sedação profunda, coma e morte.

Maconha

A maconha é atualmente uma das drogas mais consumidas entre os jovens e merece toda a atenção de pais e educadores.

Trata-se de uma planta cujo nome científico é "Cannabis sativa" e que apresenta mais de sessenta substâncias chamadas canabinóides, sendo o Delta-9-tetrahidrocanabinol a substância com maior efeito psicoativo no organismo.

As principais conseqüências da utilização da maconha na saúde dos jovens estão relacionadas a prejuízos na memória e pela síndrome amotivacional, além de prejuízos na imunidade e doenças respiratórias.

Estudos em animais mostram que a utilização da maconha pode prejudicar consideravelmente a memória, pois receptores canabinóides ativados no cérebro do usuário agem no hipocampo cerebral, área relacionada com a memória.

A síndrome amotivacional frequentemente associada ao consumo de maconha consiste na perda de energia, cansaço, apatia, falta de motivação, desinteresse, inabilidade de realizar planos para o futuro, falta de ambição, prejuízo na memória, diminuição na acertividade, queda do rendimento escolar e no trabalho.

Inalantes

Inalantes são um conjunto de diferentes substâncias químicas que apresentam em suas composições hidrocarbonetos de grande volatinidade e por isso a via de administração da droga é inalatória.

São produtos utilizados como aromatizadores de ambiente, solventes, anestésicos, combustíveis, tintas, vernizes, aerossóis, esmaltes e colas. O lança-perfume e o “cheirinho da loló” consistem em uma mistura de éter, clorofórmio e cloreto de etila, sendo objeto de consumo de adolescentes de classe média e alta.

Em contra partida, outros inalantes como colas de sapateiro, acetona e benzeno, por exemplo, são produtos legalmente comercializados em supermercados e lojas de tintas. Devido seu fácil acesso e preço baixo, trata-se de uma droga muito utilizada entre estudantes de escolas públicas brasileiras.

A ação exata dos inalantes no organismo é pouco conhecida, devido a variedade de produtos químicos presentes nos diferentes solventes abusados, entretanto de uma maneira geral a intoxicação está relacionada com a depressão do sistema nervoso central. Inicialmente ocorre uma sensação de desinibição e euforia, seguido de incoordenação motora, risos imotivados, zumbidos e fala pastosa. Na continuação do uso, o adolescente poderá apresentar confusão mental, desorientação, alucinações visuais e auditivas, redução do nível de consciência, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas, coma e morte.

Algumas complicações podem ocorrer nos usuários crônicos dessas drogas, ocasionando lesões cerebrais e cerebelares permanentes e produzindo respectivamente empobrecimento intelectual e incoordenação motora para o resto de suas vidas, mesmo que venham a interromper o uso.

Anfetaminas

As anfetaminas são medicamentos controlados, vendidos sob a forma de comprimidos em farmácias de todo o país, sendo os mais utilizados: dietilpropiona ou anfepramona, fenproporex e mazindol.

Uma outra anfetamina, proibida no mercado brasileiro, mas que entra ilegalmente no país através de contrabando é denominada metanfetamina. Ela tem se popularizado muito nos Estados Unidos, sendo consumida principalmente sob a forma fumada e chamada de “ice”.

Os efeitos da anfetamina são muito semelhantes aos efeitos da cocaína no organismo e comumente observamos insônia, diminuição da apetite, perda de peso, ansiedade, pânico, irritabilidade, nervosismo, agressividade, inquietação, impulsividade, oscilações do humor, sensação de euforia e redução do cansaço. Sintomas físicos são também evidenciados sob a forma de aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial, sudorese, tremores, dilatação das pupilas, elevação da temperatura corporal e aumento do ritmo intestinal.

Sintomas psicóticos, também denominados de psicose anfetamínica, podem ocorrer durante o consumo e, nesses casos, o adolescente pode apresentar alucinações visuais e auditivas (percepções falsas, como por exemplo, dizer estar vendo coisas ou ouvindo sons que não estão presentes no ambiente) e também pode apresentar delírios persecutórios (relato de que alguém o está perseguindo, por exemplo).

Além disso, o uso continuado das anfetaminas e o conseqüente aumento da pressão arterial podem provocar lesões graves em vasos sangüíneos do cérebro, podendo levar a acidentes vasculares cerebrais (derrame cerebral).

Opióides

Opióides são substâncias derivadas do ópio, um produto extraído da papoula, planta da família das Papaveraceae, de origem asiática, capaz de provocar efeitos euforizantes.

A morfina e a codeína são consideradas opiáceos naturais, pois são extraídos da papoula, enquanto a heroína e a metadona são substâncias obtidas da modificação em laboratório e consideradas opiáceos semi-sintéticos.

Já a meperidina, o fentanil e o propoxifeno são substâncias opiáceas totalmente produzidas em laboratório e de uso médico para fins anestésicos e para alívio da dor em doenças crônicas como o câncer, por exemplo.

O cérebro humano produz determinadas substâncias denominadas opióides endógenos, que estão relacionadas com a regulação do prazer e da dor. Quando o indivíduo faz o uso dessa substância há um desequilíbrio nesse sistema opióide cerebral e inúmeras conseqüências negativas ocorrerão no organismo do usuário. Desta forma, os opióides são substâncias capazes de produzir efeitos em diversas áreas do organismo, sendo a ação cerebral a principal característica. Sensações de prazer e euforia, redução da dor, sedação, sonolência, dificuldade na coordenação motora, náuseas e vômitos também podem ocorrer. Freqüentemente ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos, acompanhado de diminuição da freqüência respiratória e diminuição dos movimentos peristálticos dos intestinos, provocando constipação.

A overdose de opióides ocorre com freqüência e pode provocar miose (diminuição das pupilas), depressão do sistema nervoso central, depressão respiratória, diminuição do nível de consciência, hipotensão arterial, edema pulmonar, colapso circulatório e conseqüente morte.

Fonte: Dr. Gustavo Teixeira

domingo, 15 de junho de 2008

Como lidar com meu filho dependente de drogas? Não sei o que fazer? Como orientá-lo a se tratar?


Como lidar com meu filho dependente de drogas?
Não sei o que fazer? Como orientá-lo a se tratar?
O Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo, que é uma instituição do governo americano, fornece algumas orientações para que a família ajude uma pessoa que desenvolveu dependência de drogas mas não quer procurar tratamento.
1. Interrompa as "operações resgate" - Freqüentemente, membros da família tentam proteger o dependente das conseqüências de seu problema, inventando desculpas ou tirando-o de confusões resultantes de seu consumo de drogas. O aconselhável é interromper essas "operações resgate" e dar-lhe oportunidade para vivenciar integralmente as conseqüências danosas de seu comportamento, aumentando significativamente sua lista de motivos para mudar de comportamento.
  1. Escolha o momento apropriado para conversar – organize-se para falar com a pessoa pouco depois da ocorrência de algum problema. Por exemplo, após uma briga familiar séria na qual o uso de álcool ou drogas tenha tido um papel importante, ou logo após um acidente ocorrido sob o efeito de drogas. O momento certo é aquele no qual o efeito da substância já tenha passado, em que ambos estejam calmos e em que seja possível obter um certo grau de privacidade.
  2. Seja específico - Diga claramente para a pessoa que você está preocupado com seu consumo de drogas e que quer ajudá-la a procurar atendimento especializado. Fundamente sua preocupação com exemplos de situações nas quais o uso da substância tenha causado problemas ao próprio usuário, a você ou a terceiros, incluindo o incidente mais recente.
  3. Deixe claras as conseqüências de recusar-se a procurar ajuda - Explique para o dependente que até que ele (ou ela) aceite ajuda especializada você irá tomar algumas atitudes na sua vida, não para puni-lo, mas para se proteger. Essas medidas podem variar de não acompanhá-lo a eventos onde o consumo de substâncias sempre acontece, colocá-lo para fora de casa ou até mudar de casa para não se envolver em situações problemáticas. Mas cuidado: não faça ameaças que não possa cumprir, mencione apenas o que você realmente tem condições de por em prática.
  4. Esteja pronto para ajudar - reúna antecipadamente informações sobre possíveis locais de tratamento ou ajuda. Se a pessoa aceitar procurar alguém, telefone imediatamente para marcar um horário e ofereça-se para acompanhá-lo na primeira visita.
Vale lembrar que se ele recusa se tratar, sua família poderá dar o primeiro passo, buscando ajuda especializada. Desta forma, os familiares se tornam, antes de tudo, um exemplo para o dependente e, o mais importante, demonstram e assumem que estão dispostos a participar ativamente deste processo e que todos estão implicados. Ou seja, o problema não é só do dependente, é de todos!
O melhor a fazer é procurar tratamento e orientações com profissionais de saúde especializados no assunto de dependência química.
(Orientação do site: Álcool sem Distorção – do Hospital Albert Einstein)



A Família a Dependência Química e a Co-Dependência.


A Família e a Dependência Química
Na nossa perspectiva, a família é vista como um sistema aberto e dinâmico composto de indivíduos com crenças, regras e expectativas individuais, interagindo entre si, que por um mecanismo adaptativo de autopreservação, procura manter um estado de equilíbrio interno. Assim, comportamentos individuais são mutuamente reforçados com esse objetivo, mantendo esse sistema funcionando, mesmo que de forma disfuncional. O uso de drogas por um dos integrantes do sistema pode ser visto como um sintoma familiar, onde o papel do dependente é paradoxal porque o sintoma possui funções contraditórias: ao mesmo tempo serve para garantir o equilíbrio do sistema e para denunciar a necessidade de mudanças. Dessa maneira, o abuso de drogas - e os comportamentos dele decorrentes – é entendido como um sintoma-comunicação que adquire sentido nas interações desenvolvidas pelos membros da família como um todo.
A dependência química não é contagiosa, mas é contagiante, no sentido de que, quando existe um membro da família usando drogas, este fato estabelece comportamentos familiares em função do usuário, deteriorando o bem-estar individual e coletivo. Como exemplo podemos ver normalmente o dependente químico negando ou minimizando as conseqüências negativas do seu uso, de forma a manter protegida a sua drogadicção. Em paralelo, vemos esse comportamento também na família, não para proteger a droga mas para proteger-se da dor e do sentimento de impotência diante do comportamento-problema de um ser querido.
O que percebo na clínica, freqüentemente, é o estabelecimento de uma dinâmica familiar adoecida. Isso, na teoria sistêmica nós chamamos de co-dependência. A co-dependência corresponde a um conjunto de comportamentos e emoções desencadeadas quando se convive com um usuário de drogas e tem como principal conseqüência negativa a manutenção do uso de drogas do adicto em família e a perpetuação do sofrimento familiar. Se você se identifica de alguma maneira com o que foi dito anteriormente, dê-se alguns minutos para responder às questões abaixo:
  • 1. Você já ficou acordada à noite esperando que o seu filho ligasse ou voltasse da rua mesmo sabendo que ele/ela nunca liga e nunca chega antes que amanheça?
  • 2. Você já foi atrás dele para busca-lo, preocupada/o com o que poderia acontecer com ele/ela?
  • 3. Você acreditou nele/nela quando jurou que iria parar, mas logo você sentiu-se enganada e com raiva pois não parou?
  • 4. Você abandonou sua rotina diária porque “precisa” preocupar-se com seu filho?
  • 5. Você deixou de lado as coisas que lhe davam prazer para “cuidar” do seu filho?
  • 6. Você acaba sempre dando dinheiro por medo do seu filho se meter em “mais confusão” ou para evitar retaliações por parte dele?
Se você respondeu “sim” a duas ou mais das questões acima, pode considerar a possibilidade de estar assumindo o papel de co-dependente na família. Nesse caso, talvez você precise de ajuda para lidar com o problema que está enfrentando e, conseqüentemente, ajudar o seu familiar a parar de usar drogas por meio de suas próprias mudanças.

Maria Carolina Holuigue Labra
Psicoterapeuta cognitivo-comportamental
Especialista em dependência química
Fonte: http://www.comportamentoinfantil.com



Co-Dependência.


Ainda há muita desinformação sobre o que é co-dependência e as dificuldades que essa síndrome emocional causa na vida dessas pessoas que estão sempre em busca, muitas vezes de forma perversa e auto-destrutiva, de preencher o terrível vazio emocional das suas vidas.
É muito comum ligar a co-dependência as famílias que tem dependentes de álcool ou drogas, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico e o tratamento, já que a co-dependência não se limita somente aos familiares de dependentes químicos.
Com uma baixa auto-estima, os co-dependentes vivem em função dos outros a quem querem controlar, mandar e fazem um “jogo” onde o poder de dominar é a essência. Esse domínio, a luta para tê-lo ou não é vital para o co-dependente. Tudo isso para buscar reconhecimento, para compensar uma falta de amor próprio.
Emocionalmente dependentes dos outros, não conhecem a sua realidade, não conseguem estabelecer os seus limites e perdem totalmente a sua identidade, já que passam a viver a vida do outro a quem querem controlar, desde a maneira como tem que conduzir a sua vida, os seus pensamentos e até os seus comportamentos. Essa marcação “cerrada” sobre o outro sempre causa desentendimento e mal-estar. O co-dependente acredita que é responsável pela felicidade e necessidade dos outros.
Vive uma vida de ilusão, de sofrimento, de ansiedade e de angústia. Nada está bom para ele e por mais que conquiste, sempre tem a sensação de um vazio, que está faltando alguma coisa na sua vida. Essa falta é uma das suas características em uma vida pontuada de extremos. Uma hora é o grande salvador, disposto a resolver os problemas dos outros, a ajudar e como carece de limites, constantemente está invadindo o outro com as suas orientações e conselhos que na verdade passam a ser imposições. No outro extremo é a grande vítima quando as coisas não saem como queria.
Desconhece os seus sentimentos, se sacrifica pelo outro, sempre dizendo não para si mesmo, tenta controlar a vida do outro, na qual não tem poder para isso e deixa de controlar a sua própria vida. Se sentem mal quando percebem a impotência de controlar ou mudar uma pessoa, um sentimento de fracasso toma conta de si. Tem muito medo de ficar sozinho, da rejeição, do abandono e lança mão de tudo, de uma maneira distorcida e inadequada para que isso não venha acontecer.
Quer que as coisas se resolvam e sejam da sua maneira e não percebe que muitas vezes os seus desejos e até os seus sonhos não são seus, mas da outra pessoa a quem está tentando controlar. A realidade é tão distorcida que dentro da sua ilusão acredita que a sua felicidade depende dos outros. Passa a ser um escravo, emocionalmente falando, das outras pessoas.
Tem dificuldade para se relacionar consigo mesmo, com os outros e até com Deus, a quem dá uma conotação humana devido aos abusos emocionais sofridos.
Doença gerada na família de origem que era disfuncional, o co-dependente carrega consigo sentimentos de culpa, medo, insegurança, raiva, frustração, vergonha e desenvolve comportamentos compulsivos em relação ao sexo, a alimentação, ao trabalho, ao dinheiro (fazendo gastos excessivos), ao álcool ou outras drogas em uma tentativa de controlar os seus sentimentos interiores. Tudo em vão.
O co-dependente não pode ver uma pessoa com problemas que lá está ele pronto para resolvê-los, no fundo, não para buscar uma solução para o outro, mas para si mesmo como uma recompensa. Desdobra-se nessa ajuda (tudo pelo reconhecimento), mas com certeza irá cobrar depois, e que cobrança, como se o outro tivesse a obrigação de retribuir, mas do seu modo e da sua maneira.
Quando há envolvimento com um dependente químico, as coisas se complicam.
Se compararmos a co-dependência com a dependência química vamos perceber a semelhança entre elas. As duas são doenças de negação. Sintomas como a raiva, angústia, depressão e desespero, são os mesmos. O dependente químico luta para tentar controlar a droga e o co-dependente para controlar o dependente químico e em ambos o resultado é o fracasso, portanto a progressividade tanto da co-dependência como da dependência química caminham lado a lado.
A negação é o grande obstáculo para um tratamento em qualquer uma das duas. É difícil para um co-dependente reconhecer que precisa mudar o seu modo de vida. Do mesmo modo, um dependente químico é resistente a mudanças. Tanto o co-dependente como o dependente químico só irá administrar com mais qualidade as suas vidas, quando admitirem o sofrimento que a doença provoca. Antes disso, não vão perceber o grau de destruição das suas vidas.
O que precisa ser ressaltado é que a co-dependência pode sim ser o início para que a pessoa desenvolva a dependência por drogas. Devido às compulsões que dominam o co-dependente que as usam para aliviar as suas dores emocionais, o risco do uso do álcool ou de outras drogas é muito grande.
Por isso é necessário que o adicto não só trate da sua adicção, mas também da sua co-dependência.
Além disso, problemas clínicos podem ser sintomas da co-dependência que se não for tratada de modo adequado vai passando de geração para geração.
É fundamental que além do dependente químico estar em tratamento, os seus familiares também se tratem da sua co-dependência.
Como já foi exposto, os relacionamentos são extremamente afetados sob o impacto da co-dependência. Mas é necessário ainda acrescentar que mensagens enraizadas lá na infância podem muitas vezes interferirem no relacionamento de um casal e destruir casamentos. A “imperiosa” necessidade de fazer o outro feliz acaba sufocando a relação onde à identidade de um ou do outro não é respeitada.
Muitas vezes no seu círculo social, o co-dependente tem uma relação conflituosa. É comum ouvirmos as queixas de que “não estão respeitando os meus sentimentos” ou “estão me explorando” porque na verdade o co-dependente se liga ao outro de uma forma errada, distorcida, tentando impor o seu comando, desrespeitando limites, manipulando e como se isso fosse possível, ditar as regras e normas que a outra pessoa deve seguir na vida.
Muitas vezes falam e fazem o que não querem só para agradar os outros, se anulando com isso.
Outro ponto que precisa ser trabalhado é o preconceito que acompanha a co-dependência. A pessoa deixa de ir a uma terapia, a um grupo, a cuidar de si porque “a ligam” com dependência química (drogas).
Uma pergunta muito comum que se ouve no início do tratamento é se tem cura.
Falar em “cura” em co-dependência como se tomasse uma pílula e a vida mudasse sem nenhuma interferência da própria pessoa, não existe. “Curar” em co-dependência significa reconhecer, admitir e aceitar a doença e a partir daí iniciar as mudanças no modo de viver, dar qualidade à vida, vivenciar a realidade e não insistir em uma existência baseada na ilusão, passar a controlar o que se pode controlar que é a própria vida, viver uma relação funcional, buscar o equilíbrio físico, emocional e espiritual, a auto-estima, o amor próprio e com isso melhorar o relacionamento com os outros e consigo mesmo.
Em co-dependência, “curar” significa viver a vida, descobrir o seu sentido e amá-la.

Ralpho Novaes

Fitoaromatologista Especialista em Dependência Química