domingo, 15 de junho de 2008

Como lidar com meu filho dependente de drogas? Não sei o que fazer? Como orientá-lo a se tratar?


Como lidar com meu filho dependente de drogas?
Não sei o que fazer? Como orientá-lo a se tratar?
O Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo, que é uma instituição do governo americano, fornece algumas orientações para que a família ajude uma pessoa que desenvolveu dependência de drogas mas não quer procurar tratamento.
1. Interrompa as "operações resgate" - Freqüentemente, membros da família tentam proteger o dependente das conseqüências de seu problema, inventando desculpas ou tirando-o de confusões resultantes de seu consumo de drogas. O aconselhável é interromper essas "operações resgate" e dar-lhe oportunidade para vivenciar integralmente as conseqüências danosas de seu comportamento, aumentando significativamente sua lista de motivos para mudar de comportamento.
  1. Escolha o momento apropriado para conversar – organize-se para falar com a pessoa pouco depois da ocorrência de algum problema. Por exemplo, após uma briga familiar séria na qual o uso de álcool ou drogas tenha tido um papel importante, ou logo após um acidente ocorrido sob o efeito de drogas. O momento certo é aquele no qual o efeito da substância já tenha passado, em que ambos estejam calmos e em que seja possível obter um certo grau de privacidade.
  2. Seja específico - Diga claramente para a pessoa que você está preocupado com seu consumo de drogas e que quer ajudá-la a procurar atendimento especializado. Fundamente sua preocupação com exemplos de situações nas quais o uso da substância tenha causado problemas ao próprio usuário, a você ou a terceiros, incluindo o incidente mais recente.
  3. Deixe claras as conseqüências de recusar-se a procurar ajuda - Explique para o dependente que até que ele (ou ela) aceite ajuda especializada você irá tomar algumas atitudes na sua vida, não para puni-lo, mas para se proteger. Essas medidas podem variar de não acompanhá-lo a eventos onde o consumo de substâncias sempre acontece, colocá-lo para fora de casa ou até mudar de casa para não se envolver em situações problemáticas. Mas cuidado: não faça ameaças que não possa cumprir, mencione apenas o que você realmente tem condições de por em prática.
  4. Esteja pronto para ajudar - reúna antecipadamente informações sobre possíveis locais de tratamento ou ajuda. Se a pessoa aceitar procurar alguém, telefone imediatamente para marcar um horário e ofereça-se para acompanhá-lo na primeira visita.
Vale lembrar que se ele recusa se tratar, sua família poderá dar o primeiro passo, buscando ajuda especializada. Desta forma, os familiares se tornam, antes de tudo, um exemplo para o dependente e, o mais importante, demonstram e assumem que estão dispostos a participar ativamente deste processo e que todos estão implicados. Ou seja, o problema não é só do dependente, é de todos!
O melhor a fazer é procurar tratamento e orientações com profissionais de saúde especializados no assunto de dependência química.
(Orientação do site: Álcool sem Distorção – do Hospital Albert Einstein)



A Família a Dependência Química e a Co-Dependência.


A Família e a Dependência Química
Na nossa perspectiva, a família é vista como um sistema aberto e dinâmico composto de indivíduos com crenças, regras e expectativas individuais, interagindo entre si, que por um mecanismo adaptativo de autopreservação, procura manter um estado de equilíbrio interno. Assim, comportamentos individuais são mutuamente reforçados com esse objetivo, mantendo esse sistema funcionando, mesmo que de forma disfuncional. O uso de drogas por um dos integrantes do sistema pode ser visto como um sintoma familiar, onde o papel do dependente é paradoxal porque o sintoma possui funções contraditórias: ao mesmo tempo serve para garantir o equilíbrio do sistema e para denunciar a necessidade de mudanças. Dessa maneira, o abuso de drogas - e os comportamentos dele decorrentes – é entendido como um sintoma-comunicação que adquire sentido nas interações desenvolvidas pelos membros da família como um todo.
A dependência química não é contagiosa, mas é contagiante, no sentido de que, quando existe um membro da família usando drogas, este fato estabelece comportamentos familiares em função do usuário, deteriorando o bem-estar individual e coletivo. Como exemplo podemos ver normalmente o dependente químico negando ou minimizando as conseqüências negativas do seu uso, de forma a manter protegida a sua drogadicção. Em paralelo, vemos esse comportamento também na família, não para proteger a droga mas para proteger-se da dor e do sentimento de impotência diante do comportamento-problema de um ser querido.
O que percebo na clínica, freqüentemente, é o estabelecimento de uma dinâmica familiar adoecida. Isso, na teoria sistêmica nós chamamos de co-dependência. A co-dependência corresponde a um conjunto de comportamentos e emoções desencadeadas quando se convive com um usuário de drogas e tem como principal conseqüência negativa a manutenção do uso de drogas do adicto em família e a perpetuação do sofrimento familiar. Se você se identifica de alguma maneira com o que foi dito anteriormente, dê-se alguns minutos para responder às questões abaixo:
  • 1. Você já ficou acordada à noite esperando que o seu filho ligasse ou voltasse da rua mesmo sabendo que ele/ela nunca liga e nunca chega antes que amanheça?
  • 2. Você já foi atrás dele para busca-lo, preocupada/o com o que poderia acontecer com ele/ela?
  • 3. Você acreditou nele/nela quando jurou que iria parar, mas logo você sentiu-se enganada e com raiva pois não parou?
  • 4. Você abandonou sua rotina diária porque “precisa” preocupar-se com seu filho?
  • 5. Você deixou de lado as coisas que lhe davam prazer para “cuidar” do seu filho?
  • 6. Você acaba sempre dando dinheiro por medo do seu filho se meter em “mais confusão” ou para evitar retaliações por parte dele?
Se você respondeu “sim” a duas ou mais das questões acima, pode considerar a possibilidade de estar assumindo o papel de co-dependente na família. Nesse caso, talvez você precise de ajuda para lidar com o problema que está enfrentando e, conseqüentemente, ajudar o seu familiar a parar de usar drogas por meio de suas próprias mudanças.

Maria Carolina Holuigue Labra
Psicoterapeuta cognitivo-comportamental
Especialista em dependência química
Fonte: http://www.comportamentoinfantil.com



Co-Dependência.


Ainda há muita desinformação sobre o que é co-dependência e as dificuldades que essa síndrome emocional causa na vida dessas pessoas que estão sempre em busca, muitas vezes de forma perversa e auto-destrutiva, de preencher o terrível vazio emocional das suas vidas.
É muito comum ligar a co-dependência as famílias que tem dependentes de álcool ou drogas, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico e o tratamento, já que a co-dependência não se limita somente aos familiares de dependentes químicos.
Com uma baixa auto-estima, os co-dependentes vivem em função dos outros a quem querem controlar, mandar e fazem um “jogo” onde o poder de dominar é a essência. Esse domínio, a luta para tê-lo ou não é vital para o co-dependente. Tudo isso para buscar reconhecimento, para compensar uma falta de amor próprio.
Emocionalmente dependentes dos outros, não conhecem a sua realidade, não conseguem estabelecer os seus limites e perdem totalmente a sua identidade, já que passam a viver a vida do outro a quem querem controlar, desde a maneira como tem que conduzir a sua vida, os seus pensamentos e até os seus comportamentos. Essa marcação “cerrada” sobre o outro sempre causa desentendimento e mal-estar. O co-dependente acredita que é responsável pela felicidade e necessidade dos outros.
Vive uma vida de ilusão, de sofrimento, de ansiedade e de angústia. Nada está bom para ele e por mais que conquiste, sempre tem a sensação de um vazio, que está faltando alguma coisa na sua vida. Essa falta é uma das suas características em uma vida pontuada de extremos. Uma hora é o grande salvador, disposto a resolver os problemas dos outros, a ajudar e como carece de limites, constantemente está invadindo o outro com as suas orientações e conselhos que na verdade passam a ser imposições. No outro extremo é a grande vítima quando as coisas não saem como queria.
Desconhece os seus sentimentos, se sacrifica pelo outro, sempre dizendo não para si mesmo, tenta controlar a vida do outro, na qual não tem poder para isso e deixa de controlar a sua própria vida. Se sentem mal quando percebem a impotência de controlar ou mudar uma pessoa, um sentimento de fracasso toma conta de si. Tem muito medo de ficar sozinho, da rejeição, do abandono e lança mão de tudo, de uma maneira distorcida e inadequada para que isso não venha acontecer.
Quer que as coisas se resolvam e sejam da sua maneira e não percebe que muitas vezes os seus desejos e até os seus sonhos não são seus, mas da outra pessoa a quem está tentando controlar. A realidade é tão distorcida que dentro da sua ilusão acredita que a sua felicidade depende dos outros. Passa a ser um escravo, emocionalmente falando, das outras pessoas.
Tem dificuldade para se relacionar consigo mesmo, com os outros e até com Deus, a quem dá uma conotação humana devido aos abusos emocionais sofridos.
Doença gerada na família de origem que era disfuncional, o co-dependente carrega consigo sentimentos de culpa, medo, insegurança, raiva, frustração, vergonha e desenvolve comportamentos compulsivos em relação ao sexo, a alimentação, ao trabalho, ao dinheiro (fazendo gastos excessivos), ao álcool ou outras drogas em uma tentativa de controlar os seus sentimentos interiores. Tudo em vão.
O co-dependente não pode ver uma pessoa com problemas que lá está ele pronto para resolvê-los, no fundo, não para buscar uma solução para o outro, mas para si mesmo como uma recompensa. Desdobra-se nessa ajuda (tudo pelo reconhecimento), mas com certeza irá cobrar depois, e que cobrança, como se o outro tivesse a obrigação de retribuir, mas do seu modo e da sua maneira.
Quando há envolvimento com um dependente químico, as coisas se complicam.
Se compararmos a co-dependência com a dependência química vamos perceber a semelhança entre elas. As duas são doenças de negação. Sintomas como a raiva, angústia, depressão e desespero, são os mesmos. O dependente químico luta para tentar controlar a droga e o co-dependente para controlar o dependente químico e em ambos o resultado é o fracasso, portanto a progressividade tanto da co-dependência como da dependência química caminham lado a lado.
A negação é o grande obstáculo para um tratamento em qualquer uma das duas. É difícil para um co-dependente reconhecer que precisa mudar o seu modo de vida. Do mesmo modo, um dependente químico é resistente a mudanças. Tanto o co-dependente como o dependente químico só irá administrar com mais qualidade as suas vidas, quando admitirem o sofrimento que a doença provoca. Antes disso, não vão perceber o grau de destruição das suas vidas.
O que precisa ser ressaltado é que a co-dependência pode sim ser o início para que a pessoa desenvolva a dependência por drogas. Devido às compulsões que dominam o co-dependente que as usam para aliviar as suas dores emocionais, o risco do uso do álcool ou de outras drogas é muito grande.
Por isso é necessário que o adicto não só trate da sua adicção, mas também da sua co-dependência.
Além disso, problemas clínicos podem ser sintomas da co-dependência que se não for tratada de modo adequado vai passando de geração para geração.
É fundamental que além do dependente químico estar em tratamento, os seus familiares também se tratem da sua co-dependência.
Como já foi exposto, os relacionamentos são extremamente afetados sob o impacto da co-dependência. Mas é necessário ainda acrescentar que mensagens enraizadas lá na infância podem muitas vezes interferirem no relacionamento de um casal e destruir casamentos. A “imperiosa” necessidade de fazer o outro feliz acaba sufocando a relação onde à identidade de um ou do outro não é respeitada.
Muitas vezes no seu círculo social, o co-dependente tem uma relação conflituosa. É comum ouvirmos as queixas de que “não estão respeitando os meus sentimentos” ou “estão me explorando” porque na verdade o co-dependente se liga ao outro de uma forma errada, distorcida, tentando impor o seu comando, desrespeitando limites, manipulando e como se isso fosse possível, ditar as regras e normas que a outra pessoa deve seguir na vida.
Muitas vezes falam e fazem o que não querem só para agradar os outros, se anulando com isso.
Outro ponto que precisa ser trabalhado é o preconceito que acompanha a co-dependência. A pessoa deixa de ir a uma terapia, a um grupo, a cuidar de si porque “a ligam” com dependência química (drogas).
Uma pergunta muito comum que se ouve no início do tratamento é se tem cura.
Falar em “cura” em co-dependência como se tomasse uma pílula e a vida mudasse sem nenhuma interferência da própria pessoa, não existe. “Curar” em co-dependência significa reconhecer, admitir e aceitar a doença e a partir daí iniciar as mudanças no modo de viver, dar qualidade à vida, vivenciar a realidade e não insistir em uma existência baseada na ilusão, passar a controlar o que se pode controlar que é a própria vida, viver uma relação funcional, buscar o equilíbrio físico, emocional e espiritual, a auto-estima, o amor próprio e com isso melhorar o relacionamento com os outros e consigo mesmo.
Em co-dependência, “curar” significa viver a vida, descobrir o seu sentido e amá-la.

Ralpho Novaes

Fitoaromatologista Especialista em Dependência Química

Sou um Dependente Químico?

Sou um adicto?


Só você pode responder a esta pergunta.
Isto pode não ser fácil. Durante todo o tempo em que usamos drogas, quantas vezes dissemos “eu consigo controlar”. Mesmo que isto fosse verdade no princípio, não é mais agora. As drogas nos controlavam. Vivíamos para usar e usávamos para viver. Um adicto é simplesmente uma pessoa cuja vida é controlada pelas drogas.
Talvez você admita que tenha problema com drogas, mas não se considere um adicto. Todos nós temos idéias preconcebidas sobre o que é um adicto. Não há nada de vergonhoso em ser um adicto, desde que você comece a agir positivamente. Se você pode se identificar com nossos problemas talvez possa se identificar com a nossa solução. As perguntas que se seguem foram escritas por adictos em recuperação em Narcóticos Anônimos. Se você tem alguma dúvida quanto a ser ou não um adicto, dedique alguns momentos à leitura das perguntas abaixo e responda-as o mais honestamente possível.
  1. Alguma vez você já usou drogas sozinho? [ Sim ] [ Não ]
  2. Alguma vez você substituiu uma droga por outra, pensando que uma em particular era o problema? [ Sim ] [ Não ]
  3. Alguma vez você manipulou ou mentiu ao médico para obter drogas que necessitam de receita? [ Sim ] [ Não ]
  4. Você já roubou drogas ou roubou para conseguir drogas? [ Sim ] [ Não ]
  5. Você usa regularmente uma droga quando acorda ou quando vai dormir? [ Sim ] [ Não ]
  6. Você já usou uma droga para rebater os efeitos de outra? [ Sim ] [ Não ]
  7. Você evita pessoas ou lugares que não aprovam o seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
  8. Você já usou uma droga sem saber o que era ou quais eram seus efeitos? [ Sim ] [ Não ]
  9. Alguma vez o seu desempenho no trabalho ou na escola foi prejudicado pelo seu consumo de drogas? [ Sim ] [ Não ]
  10. Alguma vez você foi preso em conseqüência do seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
  11. Alguma vez mentiu sobre o quê ou quanto você usava? [ Sim ] [ Não ]
  12. Você coloca a compra de drogas à frente das suas responsabilidades? [ Sim ] [ Não ]
  13. Você já tentou parar ou controlar seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
  14. Você já esteve na prisão, hospital ou centro de reabilitação devido a seu uso? [ Sim ] [ Não ]
  15. O uso de drogas interfere em seu sono ou alimentação? [ Sim ] [ Não ]
  16. A idéia de ficar sem drogas o assusta? [ Sim ] [ Não ]
  17. Você acha impossível viver sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
  18. Em algum momento você questionou sua sanidade? [ Sim ] [ Não ]
  19. O consumo de drogas está tornando sua vida infeliz em casa? [ Sim ] [ Não ]
  20. Você já pensou que não conseguiria se adequar ou se divertir sem drogas? [ Sim ] [ Não ]
  21. Você já se sentiu na defensiva, culpado ou envergonhado por seu uso de drogas? [ Sim ] [ Não ]
  22. Você pensa muito em drogas? [ Sim ] [ Não ]
  23. Você já teve medos irracionais ou indefiníveis? [ Sim ] [ Não ]
  24. O uso de drogas afetou seus relacionamentos sexuais? [ Sim ] [ Não ]
  25. Você já tomou drogas que não eram de sua preferência? [ Sim ] [ Não ]
  26. Alguma vez você usou drogas devido a dor emocional ou “stress”? [ Sim ] [ Não ]
  27. Você já teve uma “overdose”? [ Sim ] [ Não ]
  28. Você continua usando, apesar das conseqüências negativas? [ Sim ] [ Não ]
  29. Você pensa que talvez possa ter problema com drogas? [ Sim ] [ Não ]
Sou um adicto? Esta é uma pergunta que só você pode responder. Descobrimos que todos nós respondemos “sim” a um número diferente de perguntas. O número de respostas positivas não é tão importante quanto aquilo que sentíamos e a maneira como a adicção tinha afetado nossas vidas.
Algumas destas perguntas nem ao menos mencionam drogas. A adicção é uma doença traiçoeira que afeta todas as áreas de nossas vidas, mesmo aquelas que a princípio não parecem ter muito a ver com drogas. As diferentes drogas que usávamos não eram tão importantes quanto os motivos pelos quais usávamos ou o que elas faziam conosco.
Quando lemos estas perguntas pela primeira vez, assustou-nos pensar que poderíamos ser adictos. Alguns de nós tentaram livrar-se desses pensamentos dizendo:
“Ora, essas perguntas não fazem sentido.”
Ou
“Eu sou diferente. Eu sei que tomo drogas, mas não sou um adicto. O que tenho são problemas emocionais/familiares/profissionais.”
Ou
“Eu estou apenas passando por uma fase difícil.”
Ou
“Eu serei capaz de parar quando encontrar a pessoa certa/o trabalho certo, etc.!”
Se você é um adicto, precisa primeiro admitir que tem problema com drogas antes de fazer qualquer progresso no sentido da recuperação. Estas perguntas, quando respondidas honestamente, podem lhe mostrar como o uso de drogas tem tornado sua vida incontrolável. A adicção é uma doença que, sem a recuperação, termina em prisão, instituições e morte. Muitos de nós vieram para Narcóticos Anônimos porque as drogas haviam deixado de fazer o efeito que precisavam. A adicção leva nosso orgulho, auto-estima, família, entes queridos e até mesmo nosso desejo de viver. Se você não chegou a esse ponto com sua adicção, não precisa chegar. Descobrimos que nosso inferno particular estava dentro de nós. Se você quer ajuda, pode encontrá-la na Irmandade de Narcóticos Anônimos.
“Estávamos buscando uma resposta quando estendemos a mão e encontramos Narcóticos Anônimos. Viemos à nossa primeira reunião de NA derrotados e não sabíamos o que esperar. Depois de assistirmos a uma ou várias reuniões, começamos a sentir que as pessoas se interessavam e queriam nos ajudar. Embora pensássemos que nunca seríamos capazes, as pessoas na Irmandade nos deram esperança, insistindo que poderíamos nos recuperar. Entre outros adictos em recuperação, compreendemos que não estávamos mais sozinhos. Recuperação é o que acontece em nossas reuniões. Nossas vidas estão em jogo. Descobrimos que, ao colocarmos a recuperação em primeiro lugar, o programa funciona. Enfrentamos três realidades perturbadoras:
  1. Somos impotentes perante a adicção e nossas vidas estão incontroláveis;
  2. Embora não sejamos responsáveis por nossa doença, somos responsáveis pela nossa recuperação;
  3. Não podemos mais culpar pessoas, lugares e coisas por nossa adicção. Devemos encarar nossos problemas e nossos sentimentos.
A principal arma da recuperação é o adicto em recuperação.”1
1 Narcóticos Anônimos (Texto Básico, página 16).
Fonte: Site do N.A. (Narcóticos Anônimos).